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domingo, 13 de setembro de 2009

O ovo azul

Abaixo transcre-vo parte de um texto nota 10. Devo admitir que não seja muito fã de engenheiros, mais como toda regra tem “o seu diferente”.

Foto -Carlos Baldo
Este ai é um deles. O fato é que eu estava escrevendo sobre comida, sobre uma experiência divertida e acabei me deparando com algo que permeia o sentido da criação, da emoção, e uma série de outras coisas, fatores e realidades da nossa vida moderna e profissional. Seja num escritório ou numa cozinha. Aliás, os dois são igualmente locais de trabalho. Devem ser respeitados e tratados com orgulho e muita dignidade.


Lanço mão aqui também da imagem do texto original, e a da minha experiência. Vale a pena ler o texto completo, seja qual for sua área de atuação. O que fica de lição é que sempre é possível, e na verdade não importa quantos ovos tenhamos de quebrar. A busca tem de ser constante e ser feliz.

“Inovação está definitivamente na moda. Esse tema freqüenta as reuniões de comitês executivos e a agenda dos business plans anuais. Porém, poucos se dão conta da complexidade do assunto. Inovar custa e tem um risco implícito, mas fugir da inovação pode significar a morte do negócio. A inovação tem vários caminhos e cada um deles tem sua indicação, mais ou menos adequada, conforme o momento do negócio.
Quando eu era menino e minha mãe me mandava comprar pão na padaria perto de casa, eu sempre olhava com curiosidade os ovos cozidos que “seu Manuel” habilmente pintava de azul, verde, amarelo, vermelho, fazendo da bandeja um verdadeiro arco íris. Na minha mente infantil eu imaginava que cada cor trouxesse no âmago propriedades específicas que os diferenciasse entre si. O ovo azul, particularmente, me atraia muito, imaginando que comê-lo me tornaria mais inteligente e mais corajoso. Até hoje quando entro numa padaria relanceio os olhos pelo balcão procurando pelo ovo azul.
O “seu Manuel”, em sua ingênua sabedoria lusitana, não sabia, mas inovava quando pintava os ovos cozidos em diversas cores. Seus ovos coloridos eram exatamente iguais aos da padaria vizinha, mas também completamente diferentes provocantes e atraentes, pelo colorido de suas cascas. Eu não sei se foi o “seu Manuel” quem inventou a inovação, mas certamente ele intuiu que ovos coloridos chamariam a atenção da freguesia. A inovação, como no caso dos ovos coloridos, não tem que ser necessariamente relevante, mas tem que ser certamente instigante.
O grande objetivo da inovação é a diferenciação. Quando inovamos nos separamos da mesmice. Quando pela primeira vez uma livraria colocou uma cafeteria no meio da loja (coisa corriqueira hoje nos grandes magazines de livros) ela inovou. Quando uma montadora resolveu vender carros pela Internet também inovou. Inovar é descobrir um desejo não percebido e despertá-lo, deixando claro que ninguém mais pode oferecer aquilo que oferecemos, ou pelo menos deixar claro que “nosso ovo e mais azul do que o do vizinho”. .................. O grande objetivo da inovação é penetrar na mente do cliente, adivinhar seus pensamentos, tornando-os realidade enquanto o concorrente dorme.”
http://bizcookies.wordpress.com/2009/08/11/o-ovo-azul/
Quer saber o segredo do ovo azul? Por enquanto é segredo industrial de uma galinha especial!!!

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