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sábado, 1 de agosto de 2009

Pomodori secchi

Tomate seco
Tentador. Atrativo que nos leva a compulsão. Versátil na cozinha, este fruto preparado desta forma nos permite desenvolver inúmeras receitas tendo como base ou mesmo como complemento ou simplesmente elemento de finalização ou acabamento de um prato.

De sabor adocicado e picante, os temperos utilizados darão ao final do tempo de maturação de repouso, o sabor tão esperado. Também não podemos deixar de considerar a procedência e a qualidade do azeite de oliva utilizado para este repouso.

Já falei anteriormente, nos índices de acidez dos azeites, e isto faz também uma grande diferença no sabor final. Prefiro utilizar os de acidez igual ou inferior a 0,5%.

O tomate seco, o fruto desidratado e misturado a temperos como alho e ervas e na infusão de azeites de oliva, já é um produto comum nos supermercados e casas especializadas em produtos gourmet. O que nos trás certa praticidade cotidiana.

Só não podemos deixar de lado é o prazer do artesanal, das técnicas familiares, das receitas e dicas passadas de geração a geração.

Essa é uma típica metodolo-gia italiana sulista da região mediterrâ-nea, onde o sol é o grande parceiro nesta preparação original dos “pomodori secchi”. Quase uma decoração obrigatória das varandas das casas e vilas da região abaixo de Nápoles, indo até a Sicília.

A idéia original era simplesmente a de conservar os frutos para consumo futuro. O que não se imaginava é que isto seria transformado em uma iguaria apreciada por milhares de pessoas ao redor do mundo.

Hoje, o forno faz o papel do sol do mediterrâneo, para aqueles que apreciam o trabalho e sentem o prazer da sua feitura.

As grandes recepções foram sem dúvida o grande fator de divulgação destes tomates, principalmente a partir da década de 1980, tornando-se moda servi-los de inúmeras formas em seus pratos. Pela apresentação, cor, aroma e sabor, agradaram a todos.



Tem quem aprecie no sanduíche, no risoto, decorando saladas, servido como entrada... A versatilidade do tomate seco ganhou o mundo e já não guarda muitos segredos.



Cada unidade de tomate seco tem cerca de 40 calorias, o caso é que o preparo do tomate seco leva açúcar (cerca de meia xícara para cada quilo de tomates) e ainda é conservado em azeite, um óleo que faz bem ao organismo, mas contém muitas calorias também.

Seria o equivalente a uma colher de maionese. Só que podemos comer uma colher de maionese e nos dar por satisfeitos, mas já com os tomates, difícil ficar somente com uma unidade.

O importante, na realidade, é não descaracterizar a originalidade e simplicidade da receita, que se trata de um verdadeiro patrimônio para os italianos.
Usando bons ingredientes para o tempero, ele pode ficar ótimo feito no forno – mas nenhum tomate seco produzido assim já se assemelhou àquele seco ao sol.

A elaboração de tomate seco depende da variedade usada. Devem-se usar frutos com casca mais grossa, com menos sementes e mais firmes. No Brasil é possível encontrar tomates com essas características, ‘tipo italiano’. Os tomates do tipo “Débora” “Andréia” também ficam bastante razoáveis e rendem um tomate seco de boa qualidade.

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