Coisas de família que a gente vai carregando. Para alguns adorno, enfeite, peso de papel, segura porta. Para outros, utensílio, ferramenta, acessório, necessário. De plástico, de madeira, de porcelana, de ferro, ou de outro material. O meu é de bronze. É peça de família mesmo, pertenceu à minha bizavó materna.
Não existe um mixer que substitua o prazer de manipular os ingredientes com um almofariz. A cada pitada que acrescentamos, os odores vão se exalando e nos propiciando um verdadeiro extase com aromas naturais.
Gãos de pimenta, pistache, cominhos, tomilho, alecrim, orégano e sem deixar de lado o alho. Não conseguimos o mesmo resultado de um pesto, sem passar pelo prazer e pelo ritual de pilonar o mangericão com o pinhole e o azeite de oliva. São os costumes, a tradição da cozinha das nonas.
Algo transcende nossos pensamentos quando fazemos os movimentos de maceração num pilão. É filosófico, e ali depositamos nossas energias mais positivas e muita felicidade. Prazer, que alimenta a alma, e nos faz refletir sobre muitas coisas. Um verdadeiro ritual de “SlowFood” isto “celebra o alimento de qualidade e o prazer da alimentação, ...” (Caco).
O almofariz (também chamado gral ou morteiro) é um utensílio que serve para moer pequenas quantidades de produtos, por vezes misturando vários ingredientes. É usado na cozinha, em laboratórios de química e antigamente era peça essencial nas farmácias de manipulação, mas atualmente está perdendo proeminência devido aos instrumentos elétricos.Almofariz de porcelana para moer pimenta-preta.
É uma tigela de paredes grossas e utiliza-se colocando dentro o material que é moído por uma outra peça chamada a “mão do almofariz”, com a forma de uma semi-esfera com um cabo e geralmente do mesmo material que o almofariz é feito, madeira, barro, pedra ou metal. Os equivalentes japoneses têm os nomes de suribachi e surikogi.
É uma tigela de paredes grossas e utiliza-se colocando dentro o material que é moído por uma outra peça chamada a “mão do almofariz”, com a forma de uma semi-esfera com um cabo e geralmente do mesmo material que o almofariz é feito, madeira, barro, pedra ou metal. Os equivalentes japoneses têm os nomes de suribachi e surikogi.
O almofariz é o equivalente, em tamanho pequeno, ao pilão ainda em uso na Ásia, África, América Central (em especial o México) e nos Estados Unidos (por influência de imigrantes) para moer especiarias ou ervas frescas para fins culinários; e a instrumentos cavados em pedras também de tamanho relativamente grande usados por muitos povos, geralmente para moer cereais. Os índios da América do norte cavavam estes almofarizes em rochas (fixas), geralmente utilizados por seguidas gerações, e onde ainda hoje se podem ver.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O pilão é um utensílio culinário essencial na cozinha africana, com as mesmas funções de um almofariz, ou seja, para moer alimentos, mas de tamanho muito maior.
É normalmente feito de um tronco escavado, geralmente de uma madeira macia, com dimensões que variam entre 30 a 70 cm de altura, e utiliza-se colocando dentro o material a moer e batendo-lhe com um pau liso de 60 cm a 1,2 m (de acordo com o tamanho do pilão), que pode ser de uma madeira mais rija e tem uma das extremidades arredondada, chamado o “pau do pilão”.
Grupo de mulheres em Cabo Verde, utilizando um pilão. Os grandes pilões, geralmente para cereais (principalmente milho ou sorgo), podem ser utilizados por várias pessoas ao mesmo tempo, cada uma com um pau que vão batendo os grãos alternadamente, ao som de uma melopeia que dá o ritmo das batidas. Para além de moer o grão, o pilão é também usado para descascar o arroz. Em Cabo Verde, essa técnica é até hoje utilizada para moer sobretudo o milho. O acto de pilar recebe o nome, em crioulo, de "cotchí".
Os pequenos pilões são usados para o amendoim ou castanha de caju de que normalmente se precisam menores quantidades (para fazer o famoso caril de amendoim).
O pau do pilão é ainda usado para moer mais finamente massas, por exemplo, de milho já moído e misturado com água, em recipientes de barro largos, com um movimento circular.No sul de Moçambique, o pilão é um dos objetos normalmente oferecido aos noivos, no dia seguinte ao casamento, numa cerimónia chamada xiguiane.
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