Rolinho de mignon de coelho em laminas de pata negra com portobelo grelhado e aspargos verdes sobre veludo de batatas e gema cozida em baixa temperatura.
Mocinho é claro!!! O segredo no preparo do alho é retirar o grelo central. Esverdeado é sinal de que o alho esta maduro de mais, ficando velho.É isto que dá o sabor extremamente característico e desagrada ao paladar. Retirando ele fica suave e perfuma sem erro qualquer prato. Um abraço, Carlos BaldoPublicar postagem
Foto - Carlos Baldo O velho amigo bacalhau tinha de passar pelo processo de cobaia. Depois da cirurgia, as tentativas de deglutição deste peixe tinham sido não muito satisfatórias. Na boca, sua carne se transformava em algo estranho e acabava por não ser aceito.
Dai a tentativa de rever os processos de preparação. Nas anteriores foi o arroz com bacalhau - não aprovada devida a somatória do arroz e bacalhau - também não aceito, talvez pelo tempo de cozedura - O cozido de bacalhau com legumes. Ainda me faltava algo que mudasse a textura da carne, tentei desta vez a fritura por banho e não por imersão.
Acredito que isto possa ter feito a diferença. A carme permaneceu macia e não um amontoado de fibras a se embolar na boca. A textura ficou fantástica. A crosta foi preparada com cebola e especiarías, temperando e dando a ele um complemento diferente e crocante. Sementes de papoula fizeram parte deste mix utilizado.
Também a pimenta dedo-de-moça, foi adicionada. Outra dica que funciona bem, pimentas frescas são melhores que as desidratadas. Sem as sementes, a pele é absorvida de forma mais saborosa, se incorpora melhor aos demais ingredientes e o resultado é nota 1000.
O brócolis desta feita, se transformou em musse, usei o Ninja. depois de escaldado, foi branqueado e o processo normal de preparo da musse. Leve, saboroso e diferente no uso na montagem do prato.
Já os camarões foram empanados na minha mistura especial, afinal também tenho os meus truques e segredos. Estes foram fritos em pouquíssimo óleo. Num processo rápido e mais seco.
E como a mistura de sabores era a proposta, complementei o prato com damasco fresco, que foi escaldado por 3 minutos com um corte em cruz (mesmo processo para os tomates na retirada da pele), após isto, retirei a pele, abri ao meio e retirei o caroço ou semente. Na montagem em sequência e finalizando com uma 1/2 nóz, dei um banho com minha geléia de damasco picante e algumas folhas de salsa.
E ai esta o Bacalhau em crosta de especiarias sobre musse de brócolis, camarões empanados e nozes com damasco e geléia picante.
Também na linha da pesquisa, estes pãezinhos de nozes e castanha do pará ficaram muito bons!!!! ficaram super macios e preparei um recheio a base de ricota defumada , temperada e macerada com azeite de oliva e azeitonas.
Os pães ainda são uma incógnita para meu estomago. Dependendo dos ingredientes e do tempo de fermentação da massa, o organismo não aceita bem.
Estes cairam muito bem, e como sugestão do amigo Cacá Borges ( Grande Chefe e mais uma vez papai de uma linda menina - Maria Alice) , um bom tinto caiu muito bem.
Foto Carlos Baldo
Este ai já foi preparado em forma de 20 cm, fatiado com lascas de bacalhau e regado a um bom azeite 0,2% de acidez........... imaginem no que deu. !!!!!!!
Quando publiquei o primeito post com o título de Lei de Murphy no dia 23 de julho de 2010, achei que logo teria uma resposta ou um pedido de desculpas do Distribuidor, ou do Produtor do vinho. Mas como não poderia deixar de ser, nada até o dia 12 de agosto foi dito, e não sendo a primeira vez, fico triste com a ação dos envolvidos.
Estive ontem no supermercado e perguntei à atendente da seção de vinhos se havia alguma resposta. Como não havia, disse a ela que estaria publicando aqui o nome e as fotos do referido rótulo.
Descarto qualquer comentário de que pelo preço da garrafa poderia se esperar isto. Não aceito tal comparativo de valor e controle de produção.
Também não quero menosprezar qualquer outro produto oriundo da região com tom ou clima de piada.
Los hermanos também produzem bons vinhos e tem bons rótulos. Mas este, saiu totalmente de controle e o respeito ao consumidor ficou a desejar.
Rótulo - Araucal Malbec - Bonarda 2008 Classico I.P.Mendonza Vinho da Argentina
Lamentável, nada simpático fazer isto mas , temos de alertar e ficar atento aos contratempos e intemperes na qualidade de consumidor. Foram duas vezes, e duas rolhas. O que mais poderia vir a encontrar?????
Se pode dar errado!!!! Porque fugir dela então?????
Dizem que é carma, outros dizem que é destino, mas na realidade acho que é uma baita sorte. Quem já não ouviu uma estorinha aqui e outra ali que encontrou algo estranho dentro de uma embalagem ou uma garrafa? Algo que não deveria estar ali, mas estava.
Bem poderia ser um bilhete premiado da MEGA SENA, mas não era apena uma velha, inchada, de cor escura e bem mais gorda que a estreita passagem que a permitiu entrar.
Como não foi a primeira vez que uma destas apareceu na mesma situação, resolvi ir até o Supermercado para relatar os fatos.
Desagradável situação, ao encontrar um corpo estranho dentro de uma garrafa. Principalmente se esta garrafa é de um vinho. Por Baco! O Deus do vinho deve ficar irritadissimo com isso. Em pleno o século XXI, com tanta tecnologia, onde é que foi parar o tão famoso controle de qualidade.
O pior é que esta botelha, veio da terra de Los hermanos!!!!. A velha rolha estava ali parecia que por séculos e que o próprio assessor de Baco, inconformado com alguma ordem recebida, se irritou e a empurrou gargalo a dentro.
Bem, não vou divulgar agora o nome da Vinícola criadora de tal pitoresca situação. Agora, pelo olhar da Lei de Murphy, foi pela segunda vez que me ocorreu, o fato e vindo da mesma marca e produtor.
Diante disto só posso afirmar que a Lei é verdadeira e que acontece mesmo.
Um maravilhoso cous cous preparado com frutos do mar. Ai foram mexilhões e camarões na composição.
Um fino talo de salsão foi laminado para compor o rol dos aromas e atenuar o dos frutos do mar. Tomatinhos mini somente para colorir o conteúdo.
No preparo do cous cous, utilizei o método tradicional, água fervente e deixar escaldar por alguns minutos já fora do fogo. Após o processo de hidratação, acrescentei os demais ingredientes e levando novamente ao fogo baixo adicionando uma colher de manteiga.
Tempo suficiente de cerca de três minutos em fogo baixo para incorporar sabores e aromas.
Fiz a montagem em uma taça de martini e decorei com um galhinho de alecrim fresco.
Não é o Paul, mas um primo distante que acabou por cair em redes fatais. Cozido e grelhado, este tentáculo ficou fabuloso.
Preparei um envelope de abadejo e temperei somente com flor de sal e adicionei sementes de mostarda negra no interior deste. Empanei e fritei.
O Porto Belo foi igualmente grelhado em azeite, com as rodelas de cenoura já cozidas mas aldente. Já as passas, estas ficaram em infusão em vinho branco, e depois foram adicionadas em um molho preparado com o cozimento de legumes (salsão como base e ervas frescas). Deixei reduzir a 1/3 para acrescentar as passas.
Na montagem, o envelope ficou apoiado no confortável Porto Belo e o tentáculo disposto sobre ele.
As aparências enganam!!!!! E assim aconteceu com este prato. Testei as famosas asinhas, ou melhor meio das asinhas, recheadas. É uma das partes que mais aprecio nos cortes de frango. A carme é macia, saborosa e suculenta. Pode até parecer que é pouca carne, mas para mim o suficiente.
Desosar não é o problema, isso é muito prático e rápido de ser realizado. Mas com que rechear para dar algo mais a este prato?????
Preparei uma mustura de cream cheese com pistache triturado. e coloquei o recheio. empanei e fritei.
Mas não estando satisfeito ainda com a apresentação resolvi inovar em outro prato tb. Deixei esfriar e acabei por retirar o único ossinho remanecente na pobre parte da asinha. e então com o pedaço em mãos, cortei quase que em carpacio. Lâminas super finas e surprendentes.
Aqueci em uma frigideira anti aderente e fiz a montagem dos petit medallions, sobre uma cama de macarrão de arroz. e preparei uma guarnição de brócolis, folhas de hortelã e pimenta dedo de moça finamente picado.
Sobre os medallions, coloquei um pouco de molho chocolate de gengibre e salpiquei mais pistache triturado sobre eles. O resultado esta ai. Algo surpreendente, leve, saboroso, misteriooso e picante, com o frescor das folhas de menta.
O ohar sobre o alemento é algo curioso. Pelo menos para mim. Nos momentos antecedentes ao processo de criação de um prato novo, milhões de coisas passam pela minha mente, mas duas perguntas param todo o processo de devaneio. O que eu vou comer hoje??????? e O que vou fazer para servir?????
E é neste exato momento que os ingredientes começam a se interagir diante dos olhos.
E neste caso, esta combinação na montagem do rolê de filé com bacon e os palitinhos de cenoura, e o queijo feta resultou neste suculento felé empanado. Sem falar no molho preparado com cerejas, champignhons e amêndoas, com p pesto de salsa crespa e tomilho.
Dos cafés e restaurantes de passeio, mudamos o foco e fomos à supremacia do castelo de Nymphemburger, em Müchen. A imponência de sua fachada, espelha não só o clima da realeza da Bavária mas também o que nos aguardava.
Foto - Carlos Baldo
Ouro, coisa só de detalhe.... Iluminação das escadarias da entrada principal.
Foto - Carlos Baldo
Aqui já nos jardins internos, rumo ao Restaurante Schlosscafé im Palmenhaus. Ainda cedo, resolvemos abrir o apetite com um café e chocolate só para espantar um pouco do frio. Para o almoço ainda tinha-mos algum tempo.
Em um dos salões destinado ao café.
Entre amigos. Saboreando um maravilhoso chocolate quente, com um sabor de levar qualquer um aos céus.
Aqui o Salão já preparado para o almoço.
Algumas obras de arte que são servidas.
Perfeição na apresentação dos pratos, .......
.... perfeição na combinação de aromas, texturas e sabores,......
.... e para finalizar, um sonho de sobremesa.
Sem falar que München exercita este padrão de receptividade não só nos locais mais requintados. Em qualquer que seja o local de atendimento ao público, a educação e a receptividade dos alemães é impecável. Vale à pena conhecer e degustar cultura e gastronomia.
Quem já não escutou a expressão de "mandar alguém às favas"???? Coitadas das favas, levam a culpa por outra coisa e acabam perdendo sua identidade. Estes grãos grandes e saborosos, são quase que completamente esquecidos da mesa dos brasileiros. Pelo menos da grande maioria dos.
Mas quando falamos em Nordeste, estas favas são regiamente reverenciadas e proporcionam os mais saborosos pratos, servidas como acompanhamento, ou como o principal de um prato.
Coisa boa é poder entrar em um supermercado de uma região diferente da qual moramos. Em Maceió, não seria diferente, e por entre prateleiras e gôndolas, lá estavam elas. "As FAVAS", brancas e de tamanho maravilhoso, entre 1,5 cm a 2,0 cm.
Comprei alguns saquinhos. Coisa de maluco por cozinha. Nada de artesanato, mas as favas estariam na bagagem sem dúvida. Não que não se encontre pelas bandas daqui de Minas, mas nada melhor que comprar produtos locais.
Ai a dúvida, como prepara-las? Como servi-las? e a cabeça a mil, buscando uma inspiração.
Até que....... Favas brancas com cous cous e costelinha assada.
Cozinhei um bom pedaço de carne de sol, e depois de cozido, finamente ele foi desfiado. A àgua do cozimento reutilizada no cozimento das favas em panela de pressão.
O Cous cous, gãos de origem italiana, foram misturados com a carne de sol desfiada e uma bela abobrinha, picada em mini bronoise. Refogados em manteiga e azeite de oliva extra virgeme guarnecidos com um belo colar de ervilhas frescas, os famosos petit pois.
Foto - Carlos Baldo
As costelinhas, deixei marinando em vinha d'alho por 24 horas, hidratada por vinho branco, e assadas em forno baixo por cerca de uma hora e cinquênta minutos. Sem adicionar manteiga ou óleo algum. Foram assadas na própria gordura e ao restante do líquido da vinha d'alho. Ficaram macias e sem aquela tradicional aparência gosdurosa e pesada.
Detalhe, sobre o cous cous, coloquei um galhinho de tomilho fresco. Perfume e acabamento.
Por que pensar que salada só se deve servir nos tempos de verão ou primavera? Saladas e saladas, saladas. O importante é inovar a composição de um prato, de nome simples mas que pode se tornar algo surpreendente.
Delicados como pélatas de flores, os cogumelos salmão, dão o seu show. Suavidade e delicadeza de sabor, visual arrojado, e textura macia. Aliar estes cogumelos aos camarões e as castanhas do Pará, agregam uma gama de sabores com crocância e perfumes.
O pêsto elaborado com a salsa crespa completam este bouquet de aromas. Os raios de damasco adornam a salada que foi montada após seus ingredientes serem salteados.
Foto - Carlos Baldo
A receita você pode ter nos dois endereços abaixo.
Frutos exóticos de origem Mexicana e de outras regiões das Américas Central e do Sul. Os mais conhecidos são os verdes, os vermelhos e os amarelos. Mas ainda existem os de cores: branco, roxo, azulado, preto e o laranja. Alguns com sabor forte, mais picantes e outros mais adocicados.
A grande dica de hoje é como tirar o que mais se teme nos pimentões, o gosto forte. Muita gente não sabe mas este sabor forte e que para alguns pesa no estômago esta concentrado na finíssima pele que reveste estes frutos.
O segredo esta então em retirar esta pele. A forma mais fácil, prática e que além disto vai deixá-los com um sabor extraordinário é através do forno.
Deve-se untá-los com azeite de oliva ou óleo de cozinha. Seja generoso. Acomode-os em uma assadeira antiaderente e leve ao forno bem baixo.
Não se tira os cabinhos. Deixe-os fechados. Com o tempo, eles irão ficar estufados e a pele começará a se soltar. deixe até o momento em que você perceber que eles estão macios e que a pele esta completamente solta.
Retire do forno, deixe esfriar um pouco e depois retire o cabo, as sementes e ai então abra-os e delicadamente retire a película externa.
Você poderá cortá-los em tiras; em pedaços grandes; em pedacinhos. Servirá para molhos, cremes, complemento de outros pratos , uma infinidade de preparos. Vale a pena ter este trabalhinho.
-->Seguindo a dinâmica de procurar os pequenos restaurantes para apreciar detalhes da culinária local, Firenze não ficou de fora. Mas o atendimento, este se perdeu no tempo e não foi encontrado.
Foto : Google Earth
Vou tratá-lo como um local de venda de refeições, e não como um restaurante como diz na placa externa. Isto porque um verdadeiro restaurante não trata seus clientes desta forma, grosseira e mal educada. Firenze - Piazza Cimatori 1/r - BIRRERIA CENTRALE.
Foto: Galaxpe
Uma bela viela, cortando o coração desta cidade, e este local, de aparência agradável se apresentava bem receptivo. Sentamos-nos, e fomos aos pedidos.Em serviço de péssima qualidade. A garçonete parecia estar de TPM, trajando negro da cabeça aos pés, e com um acessório de extremo mau gosto cravado nas narinas. Animalesco para uma cidade que respira arte.
Foto: Site do local
Aos gritos, esta garçonete se debruçava sobre as mesas e numa situação quase que de ameaça, jogava talheres e largava os pratos como se fossem pedras ou treinamento para quem vai arremeçar de discos.
A vontade foi a de reprisar a história da mitologia com a situação da vida real: en la Loggia dei Lanzi - Perseo (de Cellini) con la testa di Medusa. Pza. Signoria
Foto: Carlos Baldo
Tratamento especial a turistas que se espantam com a cena. Mas não para quem fala o idioma e responde à altura do tratamento. Lamentável ponto negativo para esta cidade maravilhosa. Sem falar na péssima qualidade do cardápio e das preparações. Também tratamento parecido foi recebido em dois outros estabelecimentos, uma gelateria e uma confeitaria.
Teria sido uma epidemia de maus tratos. Vale a pena lembrar que os turistas sustentam a maioria de cidades como esta.
As emoções da descendência italiana sempre falaram mais alto na minha formação. Do macarrão de domingo ás barulhentas reuniões de família, do dia a dia e das datas especiais. Uma descendência dividida literalmente em norte e sul. Da parte do meu avô paterno, o norte de Verona e da minha avó, também paterna, o sul, Cosenza, na região da Calábria.
Infelizmente, não pude ir até Cosenza, mas cheguei até Nápolis. Uma cidade única e de cores e tons indescritíveis. A contar pela chegada aérea, na rota de aproximação do aeroporto de Nápolis, o vôo, nos presenteia com a magnífica visão da cratera magestosa do Vesúvio. Depois, já no plano terrestre, as cores de uma cidade sofrida e abandonada, nos apresenta uma população disposta em uma situação de miséria e abandono social. Uma verdadeira invasão de indianos toma conta das Vias, vielas e becos da cidade. Garrafas de bebida são encontradas aos borbotôes pelas calçadas e pelos jardins públicos.
Mas as cores de Nápolis são maiores, nas janelas, sacadas e varandas dos seus predios. varáis cruzados, calças, vestidos, camisas e outros ascenam para todos, dando boas vindas e adeus aos que passam.
Cortando a cidade pela Corso Umberto I, passando pela Galeria Umberto I, também no mesmo local onde abriga o Teatro San Carlo, na Via de mesmo nome, Chegamos à esquina da Piazza Trieste e Trento. Local onde temos o Famoso Gran caffé Gambrinus com o seu maravilhoso café e os divinos folhados napoletanos, e o baba al rhum, também os bignè, e o exclusivo "Vesuvio" são doces da realização do respeito da tradição napoletana e fruto da "Ópera" e habilidade dos pasticcieri do Gambrinus.
Mas defronte ao Gambrinus, do outro lado da Piazza, Um simpático e convidativo local é também fantástico, O Rossopomodoro - Pizzeria e Tratoria. A verdadeira hospitalidade napolitana ali esta. Chegamos já fora do horário de almoço, mas assim mesmo, a gentileza se colocou à frente. Uma pasta preparada com frutos do mar: gamberi, calamari, seppie, polpi e cozze.
Foto - Google Eart.
Um endereço que vale a pena ter no bolso. Característico da região, uma tratoria nota 10. Está na rota turística de qualquer um que se aporte em Nápolis. Depois de degustar esta maravilha, recomendo uma caminhada pela Piazza do Plebiscito pegando a Via Console Cesario, indo até o final chegando até a Baia de Nápolis, de onde poderá vislumbrar o Vesúvio imponente e contemplar mar e ceu deste local.
Foto- Piazza Plebiscito - Nápoli
Foto - Fontana del Gigante no Porto de Santa Lúcia - Napoli - Carlos Baldo
Algumas questões sobre o paladar são mais que importantes para nós que trabalhamos com alimentos e produzimos combinações e emoções gastronômicas. Mas o que é isto na realidade? De acordo com as pesquisas e estudos, nosso paladar é formado ainda no ventre de nossa mãe. Somos um apêndice ligado por um cordão que é capaz de transmitir todas as informações que serão importantes na nossa formação de prazeres gastronômicos. Somos capazes de sentir as emoções e sensações sentidas por ela ao ingerir alimentos, sólidos e bebidas durante o período de gestação. Se ela come algo azedo, também sentimos esta reação e vamos acumulando estas reações no nosso banco da memória gustativa. E isto vai se acumulando no decorrer da vida. E o que nos faz ser menos ou mais chatos em relação à alimentação? Segundo os especialistas, nós enquanto crianças, somos muito mais observadores do que aventureiros experimentadores. E com este instinto observador, passamos mais a ser imitadores. Comemos o que vemos os outros comer. E as mães exercem papel fundamental nesta fase oral da formação. Se nossa mãe não come nada vermelho, também seremos propensos a não comer nada vermelho. E ai vão se passando os anos e vamos nos formatando como seres humanos e detentores de um paladar único. É como uma impressão digital gustativa. Se não sentimos o gosto da mesma forma que todas as pessoas, como preparar pratos que agradem aos mais diversos comensais? E se estas pessoas não tiveram uma "educação" gustativa refinada, ou sofisticada, ou mesmo de um padrão mais apurado?!!! como acertar? E como estas pessoas podem opinar sobre um prato ou um sabor novo ou diferente de seus hábitos alimentares? Que parâmetros serão utilizados? O interessante é que o paladar é formado por um outro sentido muito mais forte, o olfato. Detêm 90% da formação do nosso paladar, pois o que os cientistas descobriram é que o que por vezes chamamos de gosto é na realidade a percepção de odores que são informados ao cérebro e por nós reconhecidos nomo sabores. Na realidade, e na minha opinião, uma pessoa só pode opinar e criticar ou elogiar um prato se ela teve pelo menos uma experiência gustativa na área a que esta sendo submetido à experimentação. Quem nunca comeu jiló não pode falar se o prato está ruim se nunca o comeu. São parâmetros que se tornam importantes até para criar uma escala de valores comparativos. Se vamos a um restaurante e lemos o cardápio temos apartir dai o disernimento para julgar ou classificar de caro ou barato. Dar uma estrela ou cinco. Um exemplo simples, um talharim ao molho bolonhesa, pode ser cobrado por um restaurante R$8,00 (oito reais), por outro R$32,00 (trinta e dois reais). Ai temos: um pacote de 500g vendido por R$2,60. e pagamos por uma porção de 200g com molho agregado chegando a um peso de cerca de 250g. E temos um prato preparado com uma pasta artesanal, por outro restaurante, vendido a R$45,00 (Quarenta e cinco reais). Que julgamento de valores podemos fazer se um é caro ou não se não conhecemos os sabores com distinção. Como reconhecer os sabores de um bom grão, ao de uma pasta industrializada? E porque a mesma pasta de R$8,00 e a de R$32,00 tem diferenciação de preço se tem a mesma origem industrial. Temos ai sómente a personificação de valor agregado pela casa que o oferece. Mas não pelo sabor ou pelo paladar que nos permite apreciar. Não posso dizer que o molho fará o diferencial desta discrepância de valoração.
A questão aqui é a identificação do paladar e como isto se dá. Mas o exemplo acima nos remete a um exercício de reflexão do nosso paladar e dos nossos valores. Os vídeos abaixo ilustram esta maravilhora máquina humana em seus mecanismos do paladar e do olfato.
Para ocasiões especiais, canapés especiais. Pequenos, saborosos, coloridos e requintados. Texturas e sabores em comunhão e harmonia com o champagnhe, gelado e sofisticado.
Foto : Carlos Baldo
Uma entrada fria, e quente ao mesmo tempo, fria na temperatura e quente na emoção. Combinação perfeita, equilíbrio e composição.
Antecipando o dia dos namorados, um clássico dos corações apaixonados. A dúvida do Mau me quer, bem me quer, transferida dara pétalas de chuchu que foram gentilmente encapadas com uma crosta de flocos de milho, sementes de gergelim preto e fagulhas de pimenta dedo de moça seca e triturada em pilão.
Ao centro, um belo ninho de finos aros de alho poró onde acomodou-se o envoltine de medalhão de filé em tiras de prosciutto italiano regado com um cítrico molho de tangerina e glucose de milho (Karo).
Foto - Carlos Baldo
A phisalis e o ramo de manjericão completaram a cena e perfumaram o prato. Mais gergelim foi salpicado sobre a flor para realçar o visual.
Um saboroso e leve prato, harmonizado com um Montepulciano d'Abruzzo - Boccatino.
Foto - Carlos Baldo
Quem já não escutou alguém dizer: "a comida de fulano tem sempre o mesmo sabor...". Pois é, tem gente que prepara a comida sempre com o mesmo tempero. Não quer dizer que não se saiba preparar, só que utilizando-se sempre do mesmo tempero, com certeza alguém ira tecer este tipo de comentário.
Na cozinha, tudo é uma questão de alquimia, a mistura de temperos, ervas aromáticas, ingredientes em geral, e sua ordem de utilização é que vão dar o diferencial de seus pratos.
Todo chef tem seus segredinhos, seus pozinhos mágicos, seus truques para dar um toque especial em tudo que fazem. O jeito de salpicar o tempero, de pulverizar o sal, de esfregar as ervas entre as palmas das mãos ao adicional num preparo e por ai vai.
Meus vidros também guardam segredos. Aliás, vidros, sempre, pois mantem o sabor inalterado, são estéreis, não oxidam, não exalam odores que comprometem o sabor e os aromas do temperos e ervas.
Para este setor de suprimentos, nada de potes plásticos.
Nada de locais úmidos, nada de locais com sol direto. Escolha ambiêntes frescos e arejados. Se ficarem expostos, faça a higienização sempre, das tampas e da parte externa. Não tem nada pior que pegar um vidro de tempero ou alguma erva, melado, grudando de gordura.
Trate seus vidros de temperos como se fossem vidros do mais caro perfume ou daquele que sempre lhe trás boas lembranças e sabores da vida.
Odores, sabores fazem parte disto também, todos nós temos memória olfativa e gustativa. Então é sempre bom lembrar do que nos foi prazeiroso um dia, de saborear e cheirar.
Antes que alguém me pergunte, esse vidro ai na foto não é de areias coloridas das falésias de Canoa Quebrada, no Ceará.
É mais um vidro dos meus segredos, Sais temperados e aromatizados, faz parte do meu exercício de pilonar, ou seja, usar o pilão e pensar nas próximas criações.
Experimente também colocar seus segredinhos nos vidros.!!!