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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Uma jóia assassina!

Coisa séria!!


Curiosidades da natureza, o caroço do pêssego pode se tornar algo fatal. O curioso é como uma fruta tão linda, pode ter em seu interior algo tão perigoso??

“Organo-nitritos e Glicosídeos Cianogénicos

A ingestão de compostos tóxicos que requerem bioactivação faz com que os sintomas de envenenamento surjam mais tarde. Os glicosídeos cianogénicos tais como o amigdalósido, encontrado no caroço do pêssego e nas amêndoas amargas são exemplo deste tipo de compostos. A toxicidade dos glicosídeos cianogénicos tem origem na sua hidrólise a nível intestinal com consequente libertação de HCN.

Dois episódios de envenenamento por cianeto ocorreram em crianças que exibiam sinais típicos e sintomatologia de toxicidade por cianeto, duas horas depois de ingerirem uma grande quantidade de amêndoas do caroço de pêssegos. Sete crianças recuperaram e uma morreu pouco depois de socorrida. O segundo episódio envolveu 16 crianças que tinham comido compota preparada com amêndoas. Os sintomas e sinais foram idênticos aos do primeiro grupo mas apareceram 30 minutos após a ingestão. Treze crianças recuperaram, duas morreram pouco após ingestão e uma outra morreu 2 horas depois. As amêndoas do caroço do pêssego contêm substâncias cianogénicas como o amigdalósido que depois de hidrólise liberta HCN. Esta activação normalmente ocorre apenas após a ingestão. No segundo episódio a hidrólise provavelmente ocorreu durante a preparação da compota, explicando-se o pequeno intervalo entre a ingestão e o aparecimento dos sinais de envenenamento. [Lasch Te, El Shawa R; Pediatrics 68 (1): 5-7 (1981) ]

O acetonitrilo, composto encontrado em produtos de remoção de verniz das unhas, requer oxidação por enzimas hepáticas para sofrer bioactivação e libertar gás cianídrico. Têm sido referidos períodos de latência para além de 24 horas antes da morte, após ingestão deste tipo de produtos. Estes solventes acidentalmente ingeridos devem ser prontamente identificados pelos técnicos de saúde para evitar que o diagnóstico do paciente seja dado como livre de perigo, uma vez que os sintomas de toxicidade surgem mais tarde do que aqueles que decorrem da inalação de gás cianídrico ou da ingestão de sais de cianeto.

http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0304/Cianetos/Sintoma.htm”

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