As tâmaras, furutas extremanente saborosas e de história milenar. Consumidas nas regiões da Asia menor, e oriente médio e também no continente Africano, estas frutinhas a pelo menos 6000 anos estão nos hábitos do homem.
A designação do género (Phoenix) é aliás o termo grego para a palmeira-tamareira e está relacionado não com a ave mítica renascida das cinzas mas com a Fenícia donde os gregos pensavam que era originária.
Dactylifera vem da palavra grega dactylos, que significa dedos, embora na antiga língua dos hebreus e sírios dactylifera, já seja o nome dado à tamareira.
Este nome é conhecido desde os tempos de Theophrastus (famoso botânico grego 370-285 DC).
Em árabe, a palavra tâmara significa realmente dedo de luz (douglat nour), lembrando a forma e a transparência luminosa dos frutos da tamareira.
As tâmaras, devido ao alto conteúdo de hidratos de carbono simples e complexos (72%) constituem um alimento muito energético (274 Kcal por 100 gramas de tâmara seca). São ideais para aqueles que precisam de muita energia, como crianças e esportistas.
Falando em esportes, as tâmaras são ricas em potássio (790 mg por 100 g de tâmara seca), cobre (0,24 mg), magnésio (65 mg) y cálcio (59 mg).
Além disso, pelo seu conteúdo em açucares complexos, são metabolizadas pelo organismo de forma demorada. Isto é uma qualidade interessante quando temos que manter um ritmo intenso de esforço físico ou mental por um período longo de tempo (esportes de resistência ou probas de longa duração).
As tâmaras são também ricas em ácido pantoténico o vitamina B5, conhecida pelos seus efeitos tranqüilizantes. Assim, têm quem chame as tâmaras de “doses naturais de anti-estressante” pela capacidade que tem de relaxar e proporcionar uma sensação de bem-estar. Também pode ser interessante comer algumas tâmaras antes de dormir por conter triptófano que estimula a formação de melatonina, que pode contribuir a conciliar o sono e evitar a insônia.
Para quem quizer uma análise mais detalhada das propriedades nutricionais da tâmara, recomendo visitar a página da Nutrition Data (em inglés).
Muitas das virtudes curativas das tâmaras já eram conhecidas e aproveitadas na antiguidade. Hoje em dia essas propriedades tem sido confirmadas e tem se descoberto que grande parte delas se deve à riqueza destes frutos em celulose e frutose.
Ricas em ferro, são aconselhadas para quem padece alterações hepáticas e anemias. Devido ao alto conteúdo de celulose e outra fibras se recomendam nos casos de intestino preso por atuarem como suave laxante.
As tâmaras estimulam o apetite, resultando assim muito benéficas nas aflições intestinais e estomacais associadas à inapetência.
Ricas em vitaminas A, B, C e minerais como cálcio, ferro e potássio. Livres de colesterol são um aliado magnífico na luta contra o câncer.
As tâmaras são eficientes defensoras do organismo frente a gripes, viroses e outras infecções, tanto do aparelho respiratório como urinário.
O teor de água dos frutos da tamareira pode variar de acordo com o grau de maturação, porém depende também da característica varietal: as tâmaras moles, em estádio tamar, apresentam teor de umidade geralmente superior a 30%; as tâmaras semi-secas entre 20 e 30% e as tâmaras secas menos de 20%.
Independente da variedade, quando a tâmara atinge o final do amadurecimento, mais de ¾ de sua composição é constituída pelos açucares solúveis. Já foi constatado que as tâmaras moles, contém muito pouco ou nenhum açúcar não redutor (sacarose); as tâmaras semi-secas, possuem em torno de 1/4 de açucares não redutores e ¾ de açucares redutores (frutose e glicose); e as tâmaras secas, apresentam aproximadamente 1/3 de açucares não redutores e 2/3 de açúcares redutores.
Fonte: Embrapa.
Estas foram Tâmaras recheadas com musseline dijon, pimeta caiena ceboulet e lasca de tomatinho.
Preparadas e apresentadas em colheres degustação.
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