Páginas

1ª Associação de Chefs do Litoral do Paraná

Recebemos o títulos de Master Chef.

Mignon de coelho

Rolinho de mignon de coelho em laminas de pata negra com portobelo grelhado e aspargos verdes sobre veludo de batatas e gema cozida em baixa temperatura.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O Sagrado ofício da panificação.

O Sagrado ofício da panificação existe a milênios mas isto sempre nos transporta para inquietantes pesquisas e curiosidades. Como alimento de subsistência individual e de grupos de povos nômades e outros de cavernas com CEP.

Nada mais conciliador, pacificador, mais harmonizador que uma mesa, uma tábua de corte, um bom pão e uma bela garrafa de vinho e é claro, amigos ao redor para conversas e papos formais e informais também.

E porque hoje é terça-feira isto não pode existir???? Claro que não. Raizes de sangue italiano, espanhol e português que me sigam e me apoiem.



Hoje o dia foi de amassar o trigo, sovar o pão e desenvolver o gluten. E o resultado ai está um pão rústico como os cavaleiros da távola que infelizmente não é redonda estavam pedindo ao louco da taverna.

Do forno de boca ardente, saltou às mãos este que ai está. Um pão preparado com ervas, com especiarías e o segredo vermelho. Mesmo sem ter o coração de leão, sem ter a espada da Lei. e sem ser Hobin Hood. Dividi o tal em láminas que aos cavaleiros dos copos de denso vinho rubi ali levantaram um brinde e em um só coro bradaram saúde ao padeiro (Que no caso era eu é claro).



Com prazer servi aos comensais o pão, queijo e fatias super finas de pernil de cordeiro assado. Me senti num filme ou realmente em outra vida. Onde o Sagrado ofício do fazer o pão se esbarra em fornalhas de tijolos de barro queimado, vielas de luz ausente e aroma de amor ao trigo e ao pão transformado.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Agnolotti de couve com recheio de bacalhau ao molho de abóbora.



Agnolotti, uma forma de apresentação de pasta robusta e delicada ao mesmo tempo em que promete surpresas ao paladar. Anteriormente preparei um pesto a base de couve e como adoro os desafios, os comensais do último pene ao pesto pediram uma pasta com a couve e um molho diferente.

Fechado o desafio. Preparei uma pasta onde o agente desta vez foi a couve, saindo da receita tradicional do espinafre como agente colorífico. Claro tentativas e acertos. A couve não pode ser cozida ou sofrer qualquer outro tipo de cocção. Crua mesmo. Batida com os ovos e o azeite de oliva para ser acrescentado ao preparo da pasta. Bem interessante o efeito das partículas da couve na massa. Nota-se claramente que não foi preparada com corantes artificiais. Um charme a mais.

Surpresa para o recheio destes Agnolottis, bacalhau com azeitonas pretas, alho, salsinha e temperos. Bacalhau cozido e cortado em cubinhos. Nada de desfiar, isto não é bolinho. A textura do peixe deve continuar. Fantástico sabor e explosão na boca ao ser mordido.



Se no pesto deu certo na massa não tem erro!!

Já para o molho,a minha querida abóbora, Jerimum ou Paulista (de pescoço) , esta sim cozida em água e sal com pouquíssima água para não perder a textura encorpada do molho. Depois de cozida, já desmanchando, adicionei creme de leite e levei ao fogo para aquecer no momento de servir.

Efeito suave de textura e sabores. As sementes de mostarda negra constrastando sempre. Lembrando, são ótimas para o coração.

Esta ai, mais uma criação, Agnolotti de couve com recheio de bacalhau ao molho de abóbora.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Um pesto diferente.


Aos apaixonados pelo molho pesto da nossa tradicional e amada Itália, aqui vai uma variação que substitui o manjericão e o pinoli.

A receita pode parecer bula de remédio (kkkkk) mas é uma forma interessante de saber o que estamos ingerindo e prestar a atenção no valor dos alimentos e de uma alimentação saudável . Sempre digo que cozinha e mesa também fazem parte do processo de aculturação do homem como um ser em boa forma no Século XXI.

Utilizei a couve, que além de saborosa é rica em fibras e ferro , um alimento rico em nutrientes e possui baixo teor calórico. É rico em vitamina A e vitamina C. Possui cálcio, beta caroteno e elevada quantidade de antocianinas.

Pelo gergelim que é rico em proteínas, fibras, cálcio e ferro, além de conter gordura de ótima qualidade, vitamina E, do complexo B, minerais como fósforo, magnésio, selênio, zinco e manganês.

E sobre o parmesão temos:
Descrição Peso (g) Medida Comum Conteúdo por Medida
Ácido pantoténico 5 1 tbsp 0.016 (mg)
Ácidos graxos, total monoinsaturados 5 1 tbsp 0.419 (g )
Ácidos graxos, total poli 5 1 tbsp 0.059 (g )
Ácidos graxos, total saturados 5 1 tbsp 0.865 (g )
Açúcares, total 5 1 tbsp 0.05 (g)
Água 5 1 tbsp 01.04 (g )
Cálcio, Ca 5 1 tbsp 55 (mg)
Carboidratos, por diferença 5 1 tbsp 0.20 (g)
Caroteno, alfa 5 1 tbsp 0 (µg)
Caroteno, beta 5 1 tbsp 2 (µg)
Cobre, Cu 5 1 tbsp 0.012 (mg)
Colesterol 5 1 tbsp 4 (mg)
Colina, total 5 1 tbsp 0.8 (mg)
Criptoxantina, beta 5 1 tbsp 0 (µg)
Energia 5 1 tbsp 22 (kcal)
Ferro, Fe 5 1 tbsp 0.05 (mg)
Fibra, dietética total 5 1 tbsp 0.0 (g)
Folato, DFE 5 1 tbsp 1 (µg)
Fósforo, P 5 1 tbsp 36 (mg)
Licopeno 5 1 tbsp 0 (µg)
Luteína + zeaxantina 5 1 tbsp 0 (µg)
Magnésio, Mg 5 1 tbsp 2 (mg)
Manganês, Mn 5 1 tbsp 0.004 (mg)
Niacina 5 1 tbsp 0.006 (mg)
Potássio, K 5 1 tbsp 6 (mg)
Proteína 5 1 tbsp 1.92 (g)
Riboflavina 5 1 tbsp 0.024 (mg)
Selênio, Se 5 1 tbsp 0.9 (µg)
Sódio, Na 5 1 tbsp 76 (mg)
Tiamina 5 1 tbsp 0.001 (mg)
Total de lipídeos (gordura) 5 1 tbsp 1.43 (g)
Vitamina A 5 1 tbsp 22 IU
Vitamina A 5 1 tbsp 6 RAE
Vitamina B-12 5 1 tbsp 0.11 (µg)
Vitamina B-6 5 1 tbsp 0.002 (mg)
Vitamina C, o total de ácido ascórbico 5 1 tbsp 0.0 (mg)
Vitamina E (alfa-tocoferol) 5 1 tbsp 0.01 (mg)
Vitamina K (phylloquinone) 5 1 tbsp 0.1 (µg)
Zinco, Zn 5 1 tbsp 0.19 (mg)

Nota: Os dados adaptado a partir do USDA National Nutrient Database Reference, Release 20

E fundamental para todo o processo, o velho e bom amigo azeite de oliva. E já que as gorduras representam 33% do total de energia ingerida diariamente para uma alimentação saudável, seria essensial substituir o consumo de gorduras saturadas por monoinsaturadas, como é o caso do azeite. As últimas novidades coincidem em assinalar que o uso de azeite de oliva reduz o colesterol e ajuda a prevenir as doenças cardiovasculares. Devido ao seu alto teor de ácidos monoinsaturados. Também é fonte de vitamina E e rico em antioxidantes, retarda o envelhecimento celular.

Também melhora o funcionamento do Pâncreas e do Estômago. Ajuda a prevenir a arteriosclerose e seus riscos, digere-se com maior facilidade do que qualquer outra gordura comestível e com a vantagem de não possuir colesterol, tendo a mesma quantidade de calorias dos outros óleos.

Também conta como ponto positivo a aceleração metabólica e produzir efeito proteor e tônico da epiderme, também estimula o crescimento e favorece a absorção de cálcio e a mineralização. O azeite de oliva é o mais adequado para ser consumido tanto ao natural como em frituras. Tem sido parte da cultura mediterrânea desde suas origens. A cinco mil anos as mulheres egípcias descobriram os efeitos benéficos do azeite para sua pele, utilizando como emoliente, e criaram também o promeiro sabonete. O azeite de oliva é uma forma natural de proteção da pele, unhas e cabelos. É rico em vitaminas A,D, K e E.

E para fechar os ingredientes ainda faltam o alho e a pimenta caiena.

O alho era muito utilizado há milhares de anos pelos herbanários (estabelecimento que vende ervas medicinais) e curandeiros para combater inúmeras doenças.

Louis Pasteur, químico francês do século XIX, evidenciou propriedades anti-sépticas que há no alho, informações, estas usadas na Primeira e Segunda Guerra Mundial, pelos exércitos inglês, alemão e russo. Hoje o alho é receitado pelos naturalistas e outros que acreditam na cura pelas ervas como também para prevenir resfriados, gripes e doenças infecciosas.
Foi feito um estudo pelos cientistas mais profundo, a respeito do uso do alho para o colesterol e na hipertensão, eles explicam que a alicina, uma substancia química que se forma quando o alho é esmagado, reduz os níveis de colesterol e baixa a pressão arterial. Também nesta pesquisa descobriram que reduz as coagulações sanguíneas, diminuindo assim o risco de infarto e derrame cerebral.
Foram feitas pesquisas em laboratórios com animais, que mostram que o alho ajuda a diminuir o câncer de mama, pele e pulmão, além de ajudar a prevenir o câncer do cólon e do esôfago.
Ainda não foi determinada a quantidade de alho a ser consumida para obter esses benefícios a saúde. Alguns médicos alemães acreditam que quatro gramas, que seria o equivalente a dois dentes de alho, seria o suficiente para tratar a hipertensão ou o colesterol, já para inibir a coagulação sanguínea, teria no mínimo ser 10 dentes de alho.
Já os clínicos discordam quanto a ser cozido ou desidratado. Defendem que o consumo seja cru, o seu inconveniente é que o alho cru pode causar indigestão, e também pode causar irritação na mucosa, e na pele.
Não existem garantias de que ele evita as doenças. Mas de qualquer forma sabemos que o alho enriquece as refeições deixando com mais sabor.
Fonte: www.sociedadedigital.com.br
O alho tem estado em uso popular no Japão há um longo tempo, e um recente estudo Japonês revelou que o alho contém um mineral chamado Ge que é capaz de prevenir o câncer de estômago. Um time de médicos do "Humam Medical College" na China, o qual chamou a si próprio de Grupo Pesquisador do Alho como Agente Anticancerígeno, usou um medicamento patenteado feito de alho para tratar 21 casos de carcinoma de nasofaringe (câncer do nariz e da garganta) com resultados significantes na maioria dos casos. Além disso, o mesmo grupo de médicos também descobriu que o alho é eficaz para tuberculose pulmonar, coqueluche, disenteria amebiana e bacilar, enterite (inflamação dos intestinos), oxiuríase (oxiúro), ancilostomíase (uncinariose), prevenção de gripe e de epidêmica (inflamação do cérebro e aplicação externa para o tratamento de vaginite por tricomonas)
O alho tem efeitos colaterais, entretanto, e por esta razão, deveria ser usado com cuidado. O alho pode fazer com que as hemácias se tornem marrom escuras pelo contato, e também podem dissolver as hemácias quando aplicado em grandes concentrações. Além disso, o óleo volátil contido no alho pode inibir a secreção de sucos gástricos e também pode causar anemia. Sabe-se bem que o alho pode causar mau hálito, o qual pode ser reduzido ou eliminado pelo gargarejo com chá forte, comendo algumas tâmaras vermelhas ou bebendo algumas xícaras de chá.
Fonte: www.chinaonline.com.br
Pimenta caiena (Capisicum frutescens sp)

Também conhecida como pimenta vermelha, estimula a digestão,auxilia no tratamento de má circulação sanguínea e é rica em vitaminas A e C. É a mais medicinal das pimentas.

Um estudo feito pelo Instituto Politécnico de Oxford revelou que a pimenta caiena aumenta o metabolismo em 20%, bem como evidenciou sua propriedade de retirar gorduras das artérias.

Além de ser um forte estimulante do metabolismo, ajuda a criar calor e a estimula a circulação, ajudando no processo de purificação e eliminação das toxinas.

Bem, para o preparo, a couve, o gergelim e o alho, passaram pelo mix com o azeite de oliva. A couve foi picada previamente para não se aglutinar na lâmina. Após triturados, fui adicionando mais azeite de oliva e e o queijo parmesão ralado.

É um processo onde vamos observando a textura que queremos dar ao molho e a quantidade de azeite, vamos verificando a viscosidade e a capacidade de aderência à massa. Alcançado o ponto ideal, foi adicionada a pimenta caiena. Neste ponto o paladar de cada um irá determinar a quantidade desta preciosidade.

Não é necessário adição de sal.

A massa ou pasta, foi o penne rigate que além de ser fantático as ranhuras servem para segurar também o molho. Cozido em 8 minutos estava no ponto. Escorrido e logo em seguida recebeu o molho .

Bom apetite!


sexta-feira, 4 de novembro de 2011


Acredita-se que os lituanos usaram para saborizar uma vodka um talo de erva de bisonte, logo no século 16. "Stumbras Grama Bison" vodka é uma das primeiras e conhecidas vodkas aromatizadas na Lituânia, cuja receita foi restaurada por "Stumbras" e seus especialistas no início do século 20. É baseado em receitas antigas.

Vale a pena experimentar esta maravilha. Quem gosta e curte uma vodka não pode passar pela vida sem provar esta.

Cremosidade da baixa temperatura, paladar, aroma, são características que permanecerão na sua boca proporcionando um prazer sem igual.

Aqui na sua mais pura simplicidade, com uma única cereja, transmite este prazer sensorial do ver ao paladar.


Papillote de pommes de terre



Um clássico francês. Papillotes de batatas. Preparadas rapidamente, este prato é uma forma de homenagear a terra e tudo que de melhor ela nos dá.

As batatas são cozidas previamente e fazemos uma cova no seu centro. Aqui, preparei um molho com base de gorgonzola, leite, creme de leite, alho, azeite, sal e cogumelos paris fatiados finamente.

Este molho foi preparado em uma papeira banho maria. Este instrumento nos permite manter as propriedades do queijo e dos demais ingrediente de maneira mais saborosa sem agarrar no fundo.

Após o cozimento das batatas, foram cortadas e acomodadas em papillotes de papel alumínio e papel manteiga. Suas covas regadas com azeite e o molho como recheio. Levadas ao forno por 35 minutos, forno a 180º. Durante este tempo de cocção no forno, coloquei um ramo de alecrim somente para aromatizar.

Apos a retirada, salpiquei croutons de bacon sobre as batatas e raspas de limão siciliano.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Reminiscências do bom paladar da infância e da vida.


Lembrar da infância, das coisas boas da vida, dos cheiros e dos gostos, de tudo que experimentamos é quase impossível. Isto mesmo. Quase.

Mas existem coisas que sempre ficam guardadas, mesmo que fragmentadas no nosso inconsciente.

E uma destas passagens de experimentação é sem dúvida uma das inúmeras combinações feitas pelas nossas avós a beira do fogão.

Sopas há quem as odeie, mas também há quem as ame. E eu sou um destes, que amo. O preparo dos brodos ou caldos de vegetais é um destes detalhes do paladar que não da pára se esquecer.

Bastavam o tempo esfriar um pouco, o vento sacudir as galhas da jabuticabeira, à porta do terreiro ou ainda do abacateiro gigante no quintal, que lá estava ela, com seu avental e bacia faca e legumes e vegetais a preparar uma bela sopa.

Da Calábria, e que ninguém a contrariasse, la zuppa (a sopa) sempre um sucesso. A cada vendaval um sabor diferente nos levava pelos sabores da vida.

Vagens, brócolis, couves, tomates, feijões, cebola, cenoura, abóbora, batata, aipo, toucinho ou mesmo um caldo de galinha ou de carne, figuras quase sempre presentes, dali o mais belo minestrone sempre podiamos esperar. E até um suave consomê.

De letrinha, estrelinha, Ave Maria ou Pai Nosso, rigatone ou espaguete. Seja lá qual for sempre terei na memória o paladar do prazer de uma sopa preparada por ela Maestra a reger dois fogões ao mesmo tempo.